domingo, 21 de junho de 2020

Guamiranga - Pesque pague do Dori (Massaranduba)


Rio Itapocu
A cada dia aumenta o número de entusiastas pelo ciclismo, tanto pela atividade física intensa, como pelo prazer de desfrutar da companhia dos amigos, conhecer novos caminhos, novas paisagens, curtir o contato com a natureza.

No entanto, por morarmos numa cidade predominantemente plana, vemos muitos ciclistas, individuais ou em grupos, fazerem seus passeios e/ou treinamentos em rodovias cada vez mais movimentadas, onde, infelizmente, a imprudência no trânsito é constante.


Isto nos fez refletir sobre a forma como fazíamos os nossos passeios e questionar o que seria melhor:
 - pedalar em vias movimentadas ou fugir destas vias e buscar rotas alternativas, estradas de terra em meio a natureza, por onde a circulação de veículos ainda é pequena?
 
Optamos por buscar rotas alternativas, em nos embrenharmos por vias mais ermas, evitando ao máximo transitar em rodovias asfaltadas e movimentadas, motivo pelo qual trocamos os habituais pedais de 100-150 km e nos propomos a elaborar novos percursos pedalando por estradas de terra com pouco fluxo de veículos, com distâncias entre 50-70 km, procurando por mais diversão, maior contato com a natureza e menos preocupação com o trânsito.
 
Dos muitos roteiros traçados e alguns já percorridos, fizemos hoje um pedal onde percorremos 64 quilômetros por estradas de terra (90% do percurso), com algumas subidas que ainda tiram nosso fôlego e descidas sensacionais, daquelas de soltar os freios e sentir a delícia do vento em nosso corpo, gratificante compensação pelo esforço de chegar ao topo.
 
O domingo, dia 21 de junho de 2020, recebeu a chegada do inverno com céu azul, muito sol e temperatura que prometia boa dose de calor, bastante atípico para esta época do ano. Nosso ponto de partida foi a localidade de Guamiranga, município de Guaramirim. Cruzamos o Rio Itapocu, pegamos a Estrada Bananal do Sul e cerca de 800 metros adiante, deixamos o asfalto para nos deliciarmos pelas estradas de terra cheias de curvas e sobe e desce, passando pela região de Cavados, Ponta Comprida e Rio Branco até chegarmos na Rodovia SC 108.
 
Rodamos um pouco no asfalto e entramos para o Morro dos Perdidos, com seus 105 metros de altitude, com uma subida um tanto íngreme, mas fomos recompensados com uma descida é longa e gradual. Estrada de pouquíssimo fluxo de veículos, possuindo, inclusive, vegetação no centro da rua em alguns trechos.
Chegamos a Estrada Jacu-Açu e seguimos para o Fundo Sueco até Massaranduba, onde rumamos até Guarani-Mirim, para saborearmos deliciosos pratos a base de tilápia no Pesque Pague do Dori, onde tivemos a companhia dos familiares de nosso fiel parceiro Márcio.
 
Para não perder o hábito, já próximo ao nosso destino de nossa primeira etapa, o excesso de confiança e a distração me fez sair do trajeto e aumentar nosso percurso em cerca de 3 km, o que será motivo de gozação dos parceiros nos futuros pedais. 
Após o almoço e descanso, nos ajeitamos para a segunda etapa do dia, ou seja, o retorno, a ser feito, agora, por outras estradas, de modo a formarmos um extenso círculo. 
Descemos até a Estrada Primeiro Braço do Norte para, em seguida, encaramos 4 km de subida, passando pela Capela São Brás e seguindo pela parte alta (100 metros de altitude) por uma rodovia praticamente deserta, aproveitando o frescor das sombras das árvores que margeiam a estrada até chegarmos a Estrada Alto Guaraniaçu (infelizmente, para nós, está sendo preparada para ser asfaltada), onde pudemos nos deliciar com longos trechos com descidas bastante acentuadas.   
Chegamos a SC 415, que liga Massaranduba a Barra Velha, um pouco de asfalto e, logo adiante, como dizem os "manézinhos", "cambamosh para ash dereita" e mais estradas de terra. Cruzamos o Rio Putanga e seguimos por Tibagi até atingirmos a Estrada Bananal do Sul e, por asfalto, nos dirigimos ao nosso destino.
 
Participaram do Pedal:
Gerson, Marcio e João (de Guaramirim), este último em apenas parte do percurso.
   
    Percurso total (com a perdida): 64,13 km.
Altimetria: 1.076 metros.
Elevação mínima, média e máxima: 11, 40, 162 metros
Inclinação máxima; 16,3%,  -15,1%.
Inclinação média: 2,4%, -2,3%
Há alguns estabelecimentos no percurso para eventual abastecimento no entroncamento com a SC 108; na região do Jacu-Açu e em Massaranduba.
Fotos do passeio no link abaixo:

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