Rio Itapocu |
A cada dia aumenta o número de entusiastas pelo ciclismo, tanto pela atividade física intensa, como pelo prazer de desfrutar da companhia dos amigos, conhecer novos caminhos, novas paisagens, curtir o contato com a natureza.
No entanto, por morarmos numa cidade predominantemente plana, vemos muitos ciclistas, individuais ou em grupos, fazerem seus passeios e/ou treinamentos em rodovias cada vez mais movimentadas, onde, infelizmente, a imprudência no trânsito é constante.
Isto nos fez refletir sobre a forma como fazíamos os nossos passeios e questionar o que seria melhor:
- pedalar em vias movimentadas ou fugir
destas vias e buscar rotas alternativas, estradas de terra em meio a natureza, por onde a circulação de veículos ainda é pequena?
Optamos por buscar rotas alternativas, em nos embrenharmos por vias mais ermas, evitando ao máximo transitar em rodovias asfaltadas e movimentadas, motivo pelo qual trocamos os habituais pedais de 100-150 km e nos
propomos a elaborar novos percursos pedalando por estradas
de terra com pouco fluxo de veículos, com distâncias entre 50-70 km, procurando por mais diversão, maior contato com a natureza e menos preocupação com o trânsito.
Dos muitos roteiros traçados e
alguns já percorridos, fizemos hoje um pedal onde percorremos 64
quilômetros por estradas de terra (90% do percurso), com algumas subidas que
ainda tiram nosso fôlego e descidas sensacionais, daquelas de soltar os freios
e sentir a delícia do vento em nosso corpo, gratificante compensação pelo
esforço de chegar ao topo.
O domingo, dia 21 de junho de 2020, recebeu a chegada do inverno com céu azul, muito sol e temperatura que prometia boa dose de calor, bastante atípico para esta época do ano. Nosso ponto de partida foi a localidade de Guamiranga, município de Guaramirim. Cruzamos o Rio
Itapocu, pegamos a Estrada Bananal do Sul e cerca de 800 metros adiante,
deixamos o asfalto para nos deliciarmos pelas estradas de terra cheias de curvas e sobe e desce, passando pela
região de Cavados, Ponta Comprida e Rio Branco até chegarmos na Rodovia SC 108.
Rodamos um pouco no asfalto e
entramos para o Morro dos Perdidos, com seus 105 metros de altitude, com uma subida um tanto íngreme,
mas fomos recompensados com uma descida é longa e gradual. Estrada de pouquíssimo fluxo
de veículos, possuindo, inclusive, vegetação no centro da rua em alguns
trechos.
Chegamos a Estrada Jacu-Açu e seguimos
para o Fundo Sueco até Massaranduba, onde rumamos até Guarani-Mirim, para saborearmos
deliciosos pratos a base de tilápia no Pesque Pague do Dori, onde tivemos a
companhia dos familiares de nosso fiel parceiro Márcio.
Para não perder o hábito, já próximo
ao nosso destino de nossa primeira etapa, o excesso de confiança e a distração me
fez sair do trajeto e aumentar nosso percurso em cerca de 3 km, o que será motivo de gozação dos parceiros nos futuros pedais.
Após o almoço e descanso, nos
ajeitamos para a segunda etapa do dia, ou seja, o retorno, a ser feito, agora,
por outras estradas, de modo a formarmos um extenso círculo.
Descemos até a Estrada Primeiro
Braço do Norte para, em seguida, encaramos 4 km de subida, passando pela Capela São Brás e
seguindo pela parte alta (100 metros de altitude) por uma rodovia praticamente deserta, aproveitando o frescor das sombras das árvores que margeiam a estrada até chegarmos a Estrada Alto
Guaraniaçu (infelizmente, para nós, está sendo preparada para ser asfaltada),
onde pudemos nos deliciar com longos trechos com descidas bastante acentuadas.
Chegamos a SC 415, que liga
Massaranduba a Barra Velha, um pouco de asfalto e, logo adiante, como dizem os
"manézinhos", "cambamosh para ash dereita" e mais estradas
de terra. Cruzamos o Rio Putanga e seguimos por Tibagi até atingirmos a Estrada
Bananal do Sul e, por asfalto, nos dirigimos ao nosso destino.
Participaram do Pedal:
Gerson, Marcio e João (de Guaramirim), este último em apenas parte do percurso.
Percurso total (com a perdida): 64,13 km.
Altimetria: 1.076 metros.
Elevação mínima, média e máxima: 11, 40, 162 metros
Inclinação máxima; 16,3%, -15,1%.
Inclinação média: 2,4%, -2,3%
Há alguns estabelecimentos no percurso para eventual abastecimento no entroncamento com a SC 108; na região do Jacu-Açu e em Massaranduba.
Fotos do passeio no link abaixo:
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